Hiran Gonçalves explica que decisão do Ministério da Saúde atende a pedido seu para aprimorar proteção na fronteira e faz parte do Plano de Contingência contra a doença.
Roraima vai ser um dos primeiros estados da Federação a ter laboratório para teste de investigação do novo coronavírus. A boa notícia foi dada pelo secretário de Vigilância em Saúde, Wanderson Kleber de Oliveira, que esteve reunido na semana passada, com o coordenador da Bancada Federal do Estado, deputado Hiran Gonçalves (Progressistas/RR). Oliveira explicou que equipes do Ministério da Saúde vão ser deslocadas para Roraima para dar início imediato à construção desse centro regional de diagnóstico da doença. A reunião foi marcada para tratar do aprimoramento do sistema de proteção da fronteira em Roraima contra a expansão da epidemia no país.
“Nós estamos muito atentos à todas as fronteiras do Brasil, e Roraima é uma fronteira muito importante. Dessa forma, com o Plano de Contingência do Coronavírus, nós vamos colocar o estado como um dos estados a serem atendidos primeiro. Então, Roraima entra no rol dos primeiros estados a terem laboratórios preparados para fazerem o teste para investigação do novo coronavírus”, disse o secretário Wanderson Oliveira.
Segundo ele, isso só foi possível graças ao trabalho que a equipe do Ministério da Saúde e da Secretária de Vigilância em Saúde vêm fazendo com o deputado Hiran ao longo dos últimos meses. “Nós estávamos trabalhando muito para alcançar esse objetivo, e, agora, estamos discutindo como capacitar e aprimorar as equipes no estado”.
De acordo com o deputado Hiran Gonçalves, Roraima larga na frente para proteger sua população contra uma possível chegada do novo coronavírus no estado. “Agradeço ao ministro da Saúde, Henrique Mandetta, e ao secretário Wanderson de Oliveira. Ele que tem feito um trabalho extremamente eficiente no combate às endemias e, em particular, à essa iminência de ampliação da transmissão da coronavírus no país. Essa é mesmo uma boa notícia para o estado, pois o Plano de Contingência do Coronavírus vai atender Roraima em primeiro lugar”.
Outra boa notícia anunciada pelo secretário de Vigilância em Saúde é que Roraima vai ter, em breve, uma Unidade Avançada do Instituto Evandro Chagas. O IEV é referência nacional em pesquisas biomédicas, Meio Ambiente e Medicina Tropical e também na prestação de serviços em saúde pública. Para o secretário Oliveira, “ao fortalecer o laboratório central de Roraima, vamos incrementar as ações de vigilância de malária, dengue e doenças transmissíveis e estar apto para os demais desafios”. Assim, Roraima vai ser um dos estados piloto para a expansão para o país do serviço de laboratório do SUS que expede os resultados de exames direto para o cidadão ou via internet.
Também foi tratado da vacinação da população roraimense. O secretário Oliveira lembrou que, no ano passado, foi criado o Movimento Vacina Brasil, e o primeiro estado visitado foi Roraima. Depois dessa ação foi verificado, conforme sua avaliação, uma melhora da cobertura vacinal, mas ainda era preciso avançar mais até alcançar uma cobertura vacinal acima de 95% para difteria, sarampo, poliomielite e febre amarela. “A ideia agora é criar uma verdadeira barreira, não só em Roraima, mas em todos os estados, contra doenças transmissíveis e para que isso aconteça na prática, o Ministério da Saúde vai lançar no dia 23 de março, a Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza, com a antecipação de 30 dias com relação a 2019”, esclareceu.
Na avaliação do deputado Hiran Gonçalves, o objetivo do Ministério da Saúde de aumentar a cobertura vacinal em Roraima e nos demais estados é muito nobre, porque as vacinas são um patrimônio da Humanidade. “Nós só conseguimos fazer cobertura universal de saúde da nossa população se nós estivermos aqui, conscientizados, de que vacina não faz mal, de que vacina salva vidas”.
Uma vez que vacinação é uma ação da Atenção Básica, conforme explicou Gonçalves, o parlamentar convocou os secretários municipais de Saúde de Roraima para estarem juntos para que o estado tenha uma cobertura vacinal com os maiores índices de sua história. “Vamos trabalhar para evitar que Roraima reviva o que aconteceu há alguns anos com a epidemia de sarampo e evite óbitos, internações e a pressão sobre os hospitais”.
Benné Mendonça