Para o parlamentar, a Frente é uma ideia que tem sido discutida com vários parlamentares médicos e que tem uma história de apoio à saúde pública do Brasil
Mais de 80 entidades médicas de todo país e parlamentares de várias legendas aprovaram, nesta terça-feira, 9, a criação da Frente Parlamentar da Medicina (FPMed). Formada por deputados e senadores, a FPMed será uma organização política dentro do Congresso Nacional que se propõe a tratar de todos os temas relacionados à Medicina. O presidente da Frente, deputado Mandetta (DEM/MS), abriu a reunião dando um panorama dos obstáculos políticos que a Medicina vem enfrentando nos últimos anos e a necessidade da categoria se organizar de forma objetiva e consistente, com a presença política no Congresso.
“A Frente Parlamentar da Medicina é uma ideia que tem sido discutida com vários parlamentares médicos e que tem uma história de apoio à saúde pública do Brasil”.
deputado Hiran Gonçalves (PP/RR)
Para ele, a reunião que congregou os presidentes do Conselho Nacional de Medicina (CNM), da Associação Médica Brasileira (AMB), da Federação Brasileira de Academias da Medicina (FBAM) e da Associação Nacional dos Médicos Residentes (ANMR), além de três sociedades de classe e dois sindicatos, foi a maior mobilização da categoria na Câmara dos Deputados e uma demonstração de força muito expressiva. Ao final da reunião, todas essas entidades indicaram representantes para compor a FPMed.
De acordo com o deputado Hiran Gonçalves, durante o encontro a classe médica discutiu a criação de uma comissão de trabalho para elaborar um anteprojeto da criação da Frente Parlamentar, que funcionará nos moldes da Frente Parlamentar da Agricultura (FPA). Para explicar o funcionamento e os avanços do setor agrícola, a FPA foi representada pelo senador Caiado (DEM/GO), os deputados Valdir Colatto (PMDB/SC) e Onyx Lorenzoni (DEM/RS) e pelo secretário executivo da FPA, João Henrique.
“O deputado Mandetta, que encabeça a Frente, nos convidou para fazer do grupo de três parlamentares que vão participar da construção desse projeto que deverá ser aprovado por todas as entidades médicas”
deputado Hiran Gonçalves (PP/RR)
Segundo ele, durante a discussão para se garantir a presença de sociedades de especialidades médicas, ele sugeriu a participação do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), entidade da qual faz parte e que tem um trabalho reconhecido em todo o país. As outras duas entidades escolhidas foram a Ortopedia e, por sorteio, a Anestesia. “CBO é um conselho muito organizado e, muito em decorrência de sua projeção nacional, acabou sendo contemplado para participar dessa importante Frente”.
Benné Mendonça