A nova Frente Parlamentar da Medicina (FPMed) já tem o nome do deputado Hiran Gonçalves (Progressistas/RR) para ocupar sua presidência. A indicação foi feita pelo futuro ministro da Saúde, deputado Henrique Mandetta, em solenidade realizada em novembro, no Instituto Brasil de Medicina (IBDM), em Brasília. Em reunião no dia 19 de dezembro, no Conselho Federal de Medicina (CFM), onde fez uma explanação sobre as diretrizes à frente da pasta, Mandetta reafirmou a indicação de Gonçalves perante a alta cúpula do movimento médico. O novo ministro da Saúde também avalizou o nome do parlamentar para a presidência do IBDM.
A Frente Parlamentar da Medicina terá sua composição renovada no início da Legislatura de 2019 com os deputados federais e senadores eleitores ou reeleitos. Segundo Gonçalves, a implantação da FPMed deverá ocorrer na primeira quinzena de fevereiro.
“Encarei o voto de confiança do ministro Mandetta como uma tremenda responsabilidade porque vamos ter grandes embates e grandes desafios na Câmara dos Deputados. Mas, como desde o início do meu primeiro mandato eu tenho defendido as questões médicas na Casa, espero ter uma interface produtiva com o IBDM, com os membros da Frente, com os médicos, sindicatos da classe e as entidades médicas”, disse.
De acordo com o ministro da Saúde, como oftalmologista, profissional atuante na defesa do movimento médico, ex-presidente da Comissão de Seguridade Social e Família e presidente da Comissão dos Planos de Saúde, o deputado Hiran Gonçalves tem todas as condições para ocupar a presidência da Frente Parlamentar da Medicina e levar à diante as propostas da categoria médica como uma organização política articulada dentro do Congresso. O futuro ministro da Saúde foi o idealizador da Frente, instalada de 2017, com o apoio de duzentos deputados e senadores.
“Fiquei muito lisonjeado com a indicação feita pelo ministro Henrique Mandetta para presidir a Frente, uma das mais importantes e estratégicas do Congresso Nacional”, agradeceu Gonçalves. O parlamentar disse acreditar que a lembrança do seu nome foi um reconhecimento do trabalho feito durante seu primeiro mandato na defesa das propostas de interesse do movimento médico e em favor da Medicina e da saúde pública. Na sua avaliação, presidir o IBDM também vai exigir um esforço redobrado no sentido de ver atingidos os anseios da classe médica e as propostas de políticas públicas de saúde”.
“Me coloquei à disposição para que, com a minha pequena capacidade de ajudar, possa defender os interesses da saúde pública, do movimento médico, de melhorar o financiamento do SUS e ajudar na criação da carreira médica de Estado para o Brasil, entre outras pautas importantes. Entusiasmo e disposição não me faltam”, declarou.
A FPMed é composta por deputados e senadores de todos os partidos, médicos e não médicos e tem o objetivo de colaborar com a qualificação da assistência à saúde no Brasil, com a atividade médica e suas demandas que tramitam no Congresso Nacional. Já o IBDM tem representantes de todas as entidades médicas e trabalha ao lado da Frente recebendo e repassando as demandas para este colegiado, na busca de uma medicina mais eficiente, um melhor atendimento para a população e mais saúde para a sociedade.
A estimativa é de que hoje tramitam na Câmara dos Deputados e o Senado cerca de mil projetos que tratam do interesse do movimento médico e devem ter uma atenção especial tanto da Frente Parlamentar da Medicina quanto do IBDM.
Para dar início ao trabalho na Presidência da FPMed, Hiran Gonçalves já tem em mãos uma pauta com as principais prioridades do fórum na próxima Legislatura como a criação da Carreira de Médico de Estado; a manutenção da moratória na abertura de Escolas de Medicina até que sejam aprovadas regras claras para isto; a rediscussão do modelo de saúde brasileiro – do SUS à Saúde Suplementar; viabilizar e aprovar leis que protejam os médicos da violência no local de trabalho e punam os agressores; e a revisão da forma e operacionalização do atual modelo do Programa Mais Médicos, por mais transparência e eficiência na aplicação dos recursos, com prioridade para médicos brasileiros e pela exigência de revalida para os formados no exterior.
Benné Mendonça