O senador Dr. Hiran (PP-RR), médico oftalmologista há mais de 40 anos e presidente da Frente Parlamentar Mista da Medicina (FPMed), fez uso da palavra durante a criação da comissão mista responsável pela análise da MP 1.165/2023 que trata da retomada e do aperfeiçoamento do Programa Mais Médicos, na quarta-feira (10). O parlamentar aproveitou o momento para evidenciar a força do médico brasileiro e reafirmar a importância da formação médica em escolas de medicina que ofereçam comprovadamente um ensino de qualidade.
Dirigindo a palavra à senadora Zenaide Maia (PSD-RN), indicada como relatora da MP 1.165/2023, Dr. Hiran afirmou que é enorme o desafio para a devida adequação do Programa Mais Médicos, relembrando de ações fracassadas do passado, como a inclusão de médicos estrangeiros sem o devido conhecimento da formação médica que teve em outros países, especialmente em Cuba.
“Cuba não é especialista apenas em charuto e turismo, a principal commodity cubana é a fabricação de médicos tipo exportação. Nós não precisamos disso, temos 5 mil médicos em plena atividade e outros 15 mil médicos prontos para encararem o mercado de trabalho com responsabilidade. Precisamos respeitar o nosso marco legal que criou o Revalida e entender que se trata de uma política de estado forte”, comentou Dr. Hiran.
Para o senador, faz-se urgente discutir no Congresso Nacional também a regularização e fiscalização das escolas médicas do País. “Via moratória por conta da judicialização, escolas médicas foram abertas sem critérios e isso precisa ser revisto. Abrir escolas de medicina no interior do País não significa que haverá médicos atuando no interior do País. Em Rondônia, há 11 escolas de medicina e pouquíssimos médicos atuando naquele Estado”, afirmou.
Mais Médicos
O deputado Dorinaldo Malafaia (PDT-AP) foi eleito o presidente da comissão mista responsável pela análise da MP 1.165/2023 que trata da retomada e do aperfeiçoamento do Programa Mais Médicos, que tem o senador Marcelo Castro (MDB-PI) como vice-presidente. A senadora Zenaide Maia (PSD-RN), indicada como relatora da MP, apresentou o plano de trabalho na quarta-feira (10), que foi aprovado pela comissão.
De acordo com a relatora, as reuniões da comissão ocorrerão preferencialmente terças e quartas-feiras, no início da tarde. Serão feitas duas audiências públicas na próxima semana para subsidiar o trabalho dos parlamentares. Uma delas terá a presença de integrantes do governo para explicar o programa. A outra deve ouvir representantes da sociedade, a serem sugeridos pelos membros do colegiado.
Fonte: Assessoria.