Não é à toa que existe um mês inteiro, o de setembro, para uma maior divulgação sobre a necessidade da doação de órgãos. Não raramente, o transplante de órgão é a única chance de sobrevivência para quem se encontra sob risco de morte.
Conforme o portal Sou Doador, cada pessoa que decide ser um doador pode salvar através de seus órgãos até 9 vidas. Isso porque de cada pessoa podem ser doados: 1 coração, 2 pulmões, 2 rins, fígado (que pode ser bipartido para beneficiar duas pessoas), 1 pâncreas e 1 intestino
No caso dos pulmões, rins e fígado, duas pessoas diferentes são salvas em cada caso: pulmão direito vai para uma pessoa e pulmão esquerdo para outra; o mesmo vale para os rins e fígado bipartido.
O transplante de órgãos é um procedimento cirúrgico que consiste na reposição de um órgão (coração, fígado, pâncreas, pulmão, rim) ou tecido (medula óssea, ossos, córneas) de uma pessoa doente (receptor) por outro órgão ou tecido normal de um doador, vivo ou morto.
A burocracia é menor quando o doador resolve fazer a doação em vida, mesmo. De acordo com o MInistério da Saúde, qualquer pessoa pode fazer a doação, desde que não prejudique a própria saúde.
O doador vivo pode doar um dos rins, parte do fígado, parte da medula óssea ou parte do pulmão. Pela lei, parentes até o quarto grau e cônjuges podem ser doadores. Não parentes, só com autorização judicial.
Aqui, está a maior complicação. Geralmente, devido a problemas emocionais ou mesmo preconceito, a família resiste em autorizar a doação dos órgãos da pessoa querida que acabou de falecer.
Segundo dados do MS, 43% das famílias se negam a fazer a doação, mesmo com a autorização do promitente doador. E sem a autorização familiar, no Brasil é impossível considerar o transplante de órgão.
Portanto, é necessário que o indivíduo deixe devidamente documentada a concordância para doação de seus órgãos após a morte. Lógico que tal manifestação deve ser comunicada à família, o que elimina grande parte dos problemas na hora do transplante, normalmente feito com a morte encefálica da pessoa.
A morte encefálica é a perda completa e irreversível das funções encefálicas (cerebrais), definida pela cessação das funções corticais e de tronco cerebral, portanto, é a morte de uma pessoa.
Após a parada cardiorrespiratória, pode ser realizada a doação de tecidos (córnea, pele, musculoesquelético, por exemplo). A Lei 9.434 estabelece que doação de órgãos pós morte só pode ser feita quando for constatada a morte encefálica.
Enfim, para as pessoas que desejam informações mais detalhadas de como se inscrever na condição de doador, é importante acessar o Ministério da Saúde por meio do link http://www.saude.gov.br/saude-de-a-z/doacao-de-orgaos, que trata exatamente da doação de órgãos. Antes de mais nada, um ato de amor à humanidade.