Em meio à pandemia, é comum a população de maneira geral ter o anseio pela chegada de vacinas que combatam o vírus e desacelerem tanto sofrimento e dor causados pela morte de entes queridos, familiares e amigos. No entanto, antes da imunização, é muito importante o trabalho realizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anivsa) para que a vacina seja aprovada sem colocar em risco a saúde da população.
O gerente da Anvisa explicou que alguns aspectos são determinantes na hora de autorizar a chegada de uma vacina à população, levando em consideração, principalmente quesitos de segurança, qualidade e eficácia daquele imunizante.
“Precisamos estarmos seguros quanto aos resultados adversos que podem acontecer à pessoa que tomar a vacina. Lembrando que qualquer substância inserida em nosso corpo tem o potencial de causar alguma reação. A gente precisa saber quais são e monitorar”, disse Santos.
Para isso acontecer, existe a necessidade de estudos clínicos em humanos e também em modelos laboratoriais e animais para verificar as possíveis reações. “A vacina precisa funcionar, e essa eficácia a Anvisa também precisa atestar. Para isso, determina o público e detecta o percentual de eficácia”, comentou.
Sobre a qualidade da vacina, Santos citou o desafio envolvendo a distribuição em massa de determinado imunizante, e a agência reguladora deve fazer a seguinte pergunta: a vacina terá a qualidade mantida ainda que fabricada em larga escala?
“A gente tem uma equipe de especialistas para avaliar cada um desses aspectos para ser possível emitir um parecer público, para que as pessoas possam consultar todos os estudos que foram realizados antes da aprovação da vacina”, disse.
O gerente da Anvisa revelou que, durante a pandemia, foi necessário reavaliar a lista de prioridades na agência e colocar na frente todo e qualquer produto que estivesse relacionado à covid-19. Por conta disso, hoje tem sido possível mais celeridade na aprovação, ainda que devendo seguir rigorosamente todo o rito que proporciona a devida segurança almejada durante a vacinação da população.
“Para que pudéssemos dar uma resposta rápida à população, foi criado um comitê com especialistas que se debruçaram na liberação da vacina contra a covid-19”, finalizou Santos.
Compra de vacinas
Os membros da FPMed apoiaram e votaram favorável à Medida Provisória 1.006/2020, que facilita a compra de vacinas, insumos e serviços que acelerem a imunização pública contra a covid-19. A votação aconteceu no plenário da Câmara dos Deputados na terça-feira (23). A MP tem como relator o deputado Pedro Westphalen, que é membro e coordenador regional da FPMed.
Entre os itens da MP, estão a dispensa de licitação nessas compras e a adoção contratos com regras mais flexíveis. O relator argumentou dizendo que a proposta pode garantir segurança jurídica para os gestores públicos na aquisição de maior oferta de vacinas e insumos que ajudem a controlar a doença, sobretudo diante deste novo ritmo acelerado de contágio, inclusive por variantes do coronavírus.