Da assessoria
A Frente Parlamentar da Medicina (FPMed) realizou um bate-papo virtual na noite de segunda-feira (8) e contou com a presença de cerca de 50 pessoas, vindos de pelo menos 10 Estados brasileiros, entre políticos, médicos e representantes de sindicatos e conselhos médicos. O principal objetivo da conversa foi debater experiências que propiciem maior inclusão de profissionais da área em pleitos eleitorais e, consequentemente, mais representantes na defesa de políticas públicas na área da Medicina no País.
Moderado pelo deputado federal e presidente da FPMed, Hiran Gonçalves, foi possível coletar diversas ideias para uma organização em nível nacional no sentido de definir bons nomes da área médica na disputa de cargos públicos nas eleições, em 2022. O encontro também contou com falas pontuais da deputada federal Carla Dickson, deputado federal Zacharias Calil, deputada federal Mariana Carvalho, além dos vereadores Cassiano Ucker (Joinville-SC) e Tadeu Calheiros (Recife-PE).
Na visão de Hiran Gonçalves, é necessário haver uma maior mobilização entre colegas e instituições médicas para que se possa alcançar um número maior de representantes na esfera pública, com objetivo de traçar políticas necessárias e que possam melhor atender os brasileiros na área da Saúde, principalmente após os desafios lançados pela pandemia da covid-19 no País.
Para o presidente da FPMed, não há outra profissão que consiga se aproximar mais dos brasileiros e entender os reais anseios de cada um, em meio às necessidades de primeira ordem relacionadas à saúde e políticas de prevenção de doenças.
Neste sentido, foi consenso de todos os participantes do bate-papo virtual que a classe médica pode e deve ser representada com um número maior de líderes públicos, e não só no Congresso Nacional, como também nas Assembleias Legislativas estaduais ou mesmo nos poderes legislativos das câmaras municipais espalhadas pelos municípios brasileiros.
“Precisamos montar uma estratégia nacional, o Brasil precisa disso, pois ninguém melhor que médicos para liderar políticas públicas da área da saúde que tanto precisamos. O nosso partido é a medicina, e temos que aproveitar o que cada deputado tem de bom para acrescentar para a saúde pública do País”, disse o deputado Hiran Gonçalves.
Em defesa da classe
A deputada federal Carla Dickson (PROS-RN) defendeu o direito que cada médico deve ter de atuar em sua profissão e especialidades, sem sofrer com alternativas que desrespeitem o Conselho Federal de Medicina, citando como exemplo problemas já detectados em casos envolvendo o chamado parto natural (sem a presença de um médico responsável).
“Um exemplo que dou da nossa força dentro da Câmara são os avanços para chegarmos a regras bem estabelecidas envolvendo a necessidade da telemedicina, surgida especialmente após a pandemia e as medidas recomendas de profilaxia”, comentou a deputada.
Em sua fala o deputado Zacharias Calil (DEM-GO) se recordou dos desafios que envolveram a sua primeira eleição para ocupar cadeira no Poder Legislativo, em Brasília, sugerindo que é preciso haver trabalho em equipe e definição de bons nomes médicos que possam representar toda uma região estadual para a conquista do pleito.
Na opinião dele, os médicos brasileiros têm força para eleger representantes da classe médica em absolutamente todo o País, e isso seria algo benéfico à população. “Muitos querem algo que é imoral ou ilegal na Medicina, mas precisamos combater isso, precisamos levar isso como bandeira em nossa missão no Congresso Nacional” disse Calil.
Fóruns e colegiados
Para o vereador Tadeu Calheiros, uma boa alternativa visando uma maior organização da classe médica nas eleições 2022 seria lançar colegiados para definir um representante forte para cada região, e que contaria com apoio em massa dos colegas médicos naquela localidade. “Precisamos de um posicionamento nacional de um movimento médico que legitime a luta e as causas públicas na área médica.”
O também vereador Cassiano Ucker lançou ideias objetivando uma maior representatividade médica no Legislativo: “Na minha humilde opinião, eu penso que, através dos esforços do Instituto Brasil de Medicina (IBDM), teríamos condições de organizar fóruns regionais para definir candidatos, e aí sim chamar a comunidade médica para apresentar esses candidatos pré-selecionados, tendo assim apoio de voto e também apoio financeiro.”