Com o tema “As mulheres também infartam”, foi realizada uma audiência pública no plenário da Câmara Federal, na última segunda-feira (14), com o intuito de amadurecer algumas discussões relacionadas à saúde da mulher para elaboração futura de projetos de lei que estimulem uma maior conscientização sobre o tema na população brasileira.
A audiência foi promovida pela Comissão de Seguridade Social e Família e convocada pela Frente Parlamentar Mista da Medicina (FPMed) após solicitação da Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista (SBHCI), que lançou uma campanha referente ao tema em fevereiro deste ano.
O objetivo destes esforços da entidade é alertar para os riscos do infarto entre o público feminino. Viabilizar orientações para prevenir as doenças cardiovasculares e alertas sobre os sinais e sintomas do infarto são as principais bandeiras da ação, que também busca chamar a atenção dos profissionais da área da saúde para a importância de identificar e tratar rapidamente a doença, assim como prevenir e reduzir mortes.
O Instituto Brasil de Medicina (IBDM) e entidades associadas prestigiaram o debate, que também teve transmissão online ao vivo. Quem conduziu a audiência pública foi o membro da FPMed, deputado federal e médico cardiologista Dr. Luiz Ovando, que reforçou a necessidade de se discutir com mais propriedade alguns equívocos relacionados à saúde da mulher. Um deles, por exemplo, é que mulher dificilmente sofreria infartos, problema cardiovascular que pode levar à morte da pessoa, seja homem ou mulher.
Segundo o SBHCI, mais de 100 mil pessoas morrem todos os anos vítimas de infarto no Brasil, e 30% das mulheres morrem de doenças cardiovasculares, número oito vezes maior que o câncer de mama.
Convidados
Para a audiência, foram convidados o presidente da SBHCI, Ricardo Alves da Costa, o diretor de Comunicação da SBHCI, Roberto Botelho, e o coordenador da campanha Coração Alerta e ex-presidente da SBHCI, Marcelo Cantarelli.
Também participaram do debate a coordenadora do grupo Mint e ex-presidente da SBHCI, Viviana de Mello Guzzo Lemke e o diretor de Educação Médica Continuada da SBHCI, Paulo Henrique Jorge.